segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Songs I thought I would never hear again

How many times have I thought the same.. How many different answers did I get... As if over the years the perspective simply changes, and sometimes it is chocking. Not in a bad way. Just as if you never really thought you would live today what you are living.
Why is man never satisfied with the answers? With what we've got right now.. We have such a precious day in front of us, like we will never live another one. Yet we let ourself sink in miserable thoughts that come attached to our way of living..
How can someone hurt another without reason, with no regrets.. How can people just hurt, murder.. And not even apologize.. And how do we continue lost... Is death really the only way of release?  Then why do we come back to life, to a time we rarely want to live..
Why can't we fly?! Why can't we just fly to our rightful lives.. The ones I KNOW I want to live.. My objective.. what if my objective is in the past, why let the present turn into past again and again..
And yet I wait.. I live, I love, I wait, I regret, I focus.
For I want to live within my dreams and feel complete.. Where I will feel incomplete again.. and begin another cycle, another dream..
Why can't I have magic.. Why do we have guns instead of swords, betrayal instead of honour.. Humans are such hypocrites.. And I still can't relate.. I do not fear the sight of others but I fear not to reveal the truth and be told as a lier, for I am not.
I miss Home.. And I am not on it.. not in this society, my home here is dying.. I miss my Mother and in this society my Mother is dying...
Please don't kill her.. Please don't kill our Mother.. And please allow us to get back in our roots, I miss them so dearly.. And right now they merely come to me as dreams .. from another world, another reality, but just dreams..
I am afraid.. Yet I keep living..And yet I keep waiting.. living, I loving...

the ultimate weapon by Nitya on Deviantart

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Pensar

Acho que a última vez que aqui vim para escrever eu estava... apenas zangada.. não cheguei a escrever nada. Estava zangada mais ou menos com tudo e mais ou menos com nada.
Não sou velha mas sinto-me tão mais velha... Nem sequer acho que seja sábia! Mas vi tanto mudar.. tanto mas realmente tão pouco de mim mudar.. Não que tenha desaparecido completamente por que eu sou eu e sempre o serei. Mas apenas.. Transformar-se, talvez ou talvez não, evoluir...
Sinto que foi apenas a primeira vez que o mundo realmente me mostrou errada, não completamente  mas em grande parte errada.. E acho que compreendo melhor agora o que acontece. Apenas um pouquinho melhor, mas um pouquinho que faz tanta diferença.
Sinto-me assustada, claro que tenho saudades de ter a certeza! Mas sinto-me assustada.. lembro-me de ter perspectivas tão grandes para o futuro. Não que as tenha perdido mas não é esse tipo é outro diferente.. Aquele das certezas.. Sinto que com as perspectivas na cabeça não abracei o que me envolvia e agora vejo que já não é assim. Por que dos dois anos eu não sinto falta mas um pouco mais à frente tudo muda. 
Não me lembro do que me arrepender, estou bem.. Mas a sensação é tão estranha.. e é disto que os carvalhos falam.. É tão estranho não entender as palavras de um carvalho e de um momento para o outro chorar pelo seu sentido.
Acho que ainda não sei viver no presente. Ainda estou presa ao passado e com receio do futuro. Felizmente abraço mais o presente mas não acho que o suficiente. Sou agradecida, por todas as bênçãos que a nossa Mãe nos oferece, a todos. Sou grata, até pela dor, sou grata por que perdoei. 
Ainda assim.. ainda assim receio.. e sei que é natural.. no fundo Amo a minha vida, mas também odeio, perdoo, receio. É um superável natural jogo de palavras que aparentemente apenas o tempo nos trás. 
E irei continuar a lutar. Já não de forma igual, certamente não da mesma forma que irei lutar dentro de uns tempos, mas irei continuar. E soou tão Egoísta. Não sou a única. Todos nós temos de o fazer. Assim como todos nós precisamos de deitar ar cá para fora, simples movimentos de língua e cordas vocais, neste caso intelecto e dedos. 
Respeito.. sonho.. Sobretudo ainda sonho, fico feliz de sonhar. Abraçando o agora, sonho.

domingo, 8 de maio de 2011

2as da manhã

Pergunto-me por que será que me preocupo em escrever.
Pergunto-me realmente por que me preocupo de todo.
E por quê em bom (nem por isso) português? Talvez por que parece mais honesto.
As outras línguas dão um ar de facilidade, um ar de carta atrasada, daquelas que se mandam às pessoas da mesma cidade só para não lhas entregarmos na mão.

Nem sei o que dizer. Pensei num objecto, certamente preciso de um objecto.
Há pouco pensava num quadro negro, uma tela toda pintada com o mais escuro pigmento. Mas depois pensei, mas que raio?
E se for um elástico? Escrever para um elástico. Um elástico de qualquer cor. Será que é como a terapia? Estarei a tentar auto-terapiar-me? No sentido mais macarrónico da palavra?
Pois bem,

Querido Elástico,
Há muito tempo que não falo contigo, se é que alguma vez falei contigo elástico. Pareces-me agora como tantos outros elásticos que me foram prendendo o cabelo. Era bem fixe, quando eu ia à praia e não precisava de me preocupar com o sal no cabelo, quando ia para a dança e me ajudavas a afastar o calor. Ou até quando me armava em preguiçosa e simplesmente atava o cabelo por não querer ter de lidar com cabelo em frente dos olhos. Já vistes quantas utilidades um elástico pode ter?!
E realmente pergunto-me acerca do teu ser, senhor elástico, o que terás para além dos fios de ... algodão? que cobrem a tua elasticidade? Será que sequer tens elasticidade!? Se calhar tens um buraco negro protegido por um incrível campo de forças!
Bem não interessa muito pois não? Ora poças elástico, e eu que pensava que irias mesmo ser o elástico para mim! Nem me lembro se te comprei, gamei ou encontrei no meio da rua, mas poças, parecias mesmo o meu elástico.
Não faz mal. És só mais um elástico, um elástico único, que para sempre me lembrarei como conseguiste não me emaranhar o cabelo, mas que acabaste por o partir como tantos outros elásticos. Se calhar só ficaste velho, sei lá. Um fio a menos, outro rasgado e prontos, demasiada força e lá se parte o cabelo.
Tinha mesmo esperança que só desta vez conseguisse um elástico que não me partisse o cabelo.
Ora bolas elástico. Que faço agora? Finjo que não me partiste o cabelo? Acho que simplesmente vou usá-lo solto e talvez por magia a fada madrinha do Pinóquio também te de boca para pedires desculpa pelo meu cabelo! Agora hei-de ter de o cortar, ora muito obrigada, foste tão prestável quanto os outros da gaveta.
Infelizmente nunca dos meus elásticos me pediu desculpa por partir o cabelo, acho que agora não vai ser muito diferente. E de qualquer modo ou acabas no lixo ou na gaveta, à espera que um dia me peças desculpa ou que o meu cabelo seja brilhante o suficiente para que não o partas.
Não te preocupes que os outros me chamem de maluquinha, insana, incapacitada por pensar que realmente poderei falar com um elástico. Eu nunca dei muita atenção ao que os outros me chamem, independentemente dos meus elásticos.
De qualquer forma, se a fada madrinha não for bondosa o suficiente para te dar uma boca talvez te dê olhos e te ensine a ler. Não sei o que seria nem melhor nem pior. Neste momento não sei nada senhor elástico.
Talvez saiba que sou estúpida o suficiente para perder tempo a escrever uma carta para um elástico.
Mas, ora bolas elástico, pensei mesmo que serias o meu elástico preferido.

E que tenhas uma boa noite! Não te estiques muito e vê se paras de partir cabelos, a sério, é mesmo irritante. Muita saúde senhor elástico, vamos ver se para onde vais.