terça-feira, 23 de agosto de 2011

Pensar

Acho que a última vez que aqui vim para escrever eu estava... apenas zangada.. não cheguei a escrever nada. Estava zangada mais ou menos com tudo e mais ou menos com nada.
Não sou velha mas sinto-me tão mais velha... Nem sequer acho que seja sábia! Mas vi tanto mudar.. tanto mas realmente tão pouco de mim mudar.. Não que tenha desaparecido completamente por que eu sou eu e sempre o serei. Mas apenas.. Transformar-se, talvez ou talvez não, evoluir...
Sinto que foi apenas a primeira vez que o mundo realmente me mostrou errada, não completamente  mas em grande parte errada.. E acho que compreendo melhor agora o que acontece. Apenas um pouquinho melhor, mas um pouquinho que faz tanta diferença.
Sinto-me assustada, claro que tenho saudades de ter a certeza! Mas sinto-me assustada.. lembro-me de ter perspectivas tão grandes para o futuro. Não que as tenha perdido mas não é esse tipo é outro diferente.. Aquele das certezas.. Sinto que com as perspectivas na cabeça não abracei o que me envolvia e agora vejo que já não é assim. Por que dos dois anos eu não sinto falta mas um pouco mais à frente tudo muda. 
Não me lembro do que me arrepender, estou bem.. Mas a sensação é tão estranha.. e é disto que os carvalhos falam.. É tão estranho não entender as palavras de um carvalho e de um momento para o outro chorar pelo seu sentido.
Acho que ainda não sei viver no presente. Ainda estou presa ao passado e com receio do futuro. Felizmente abraço mais o presente mas não acho que o suficiente. Sou agradecida, por todas as bênçãos que a nossa Mãe nos oferece, a todos. Sou grata, até pela dor, sou grata por que perdoei. 
Ainda assim.. ainda assim receio.. e sei que é natural.. no fundo Amo a minha vida, mas também odeio, perdoo, receio. É um superável natural jogo de palavras que aparentemente apenas o tempo nos trás. 
E irei continuar a lutar. Já não de forma igual, certamente não da mesma forma que irei lutar dentro de uns tempos, mas irei continuar. E soou tão Egoísta. Não sou a única. Todos nós temos de o fazer. Assim como todos nós precisamos de deitar ar cá para fora, simples movimentos de língua e cordas vocais, neste caso intelecto e dedos. 
Respeito.. sonho.. Sobretudo ainda sonho, fico feliz de sonhar. Abraçando o agora, sonho.