I don't want to feel like this
But I can't avoid it.
I don't want to feed clichés
But I can't avoid it.
I am my only problem,
But I can't avoid it.
Doesn't hurt enought yet.
Alegoria Singela
"Don't speak, Don't support, Just quietly abhor me. The thing that feels."
sábado, 26 de novembro de 2016
domingo, 4 de janeiro de 2015
Uma canção da minha Avó
Uma silva me prendeu,
uma silva pequenina.
Não há coisa que mais prenda
que os olhos duma menina.
E encontrando o total do poema deparei-me com pequenos tesouros nacionais que já ninguém conhece:
CHULA DA MAIA
Eu hei-de te amar, amar,
hei-de te querer, querer.
Hei-de te tirar de casa
sem teu pai nem mãe saber.
Silva verde não me prendas,
olha que me não seguras;
olha que tenho quebrado
outras algemas mais duras.
Uma silva me prendeu,
uma silva pequenina.
Não há coisa que mais prenda
que os olhos duma menina.
A silva que me prendeu
arrebentou no valado;
nunca a silva me prendeu
com tão forte cadeado.
Há silvas que dão amoras,
há outras que não as dão;
há amores que são firmes,
há outros o não são.
Silva verde picosinha
ao arcipreste se enleia;
meu amor se me prenderes,
deixa-me larga a cadeia.
Cheguei à borda do rio,
silva verde é meu encosto.
Que importa que o mundo fale
se o meu amor é do meu gosto ?
Salsa verde combatida
ao pé do manjericão;
bem podemos ser amantes,
mas sempre dizer que não.
A salsa do meu quintal
arrebenta pelo pé
assim arrebenta a boca
a quem diz o que não é.
Entre pedras e pedrinhas
nascem raminhos de salsa;
pega-te à feia que é firme
deixa a bonita que é falsa.
A salsa que está no rio
de verde se está revendo;
eu como firme te adoro,
tu falsa me estás vendendo.
Debaixo da oliveira,
menina, é que é o amar;
tem a folha miudinha,
não entra lá o luar.
Se a oliveira falasse
ela diria o que viu:
debaixo da sua sombra,
dois amantes encobriu.
Daquela janela alta
me atiraram um limão.
A casca me deu no peito,
o sumo no coração.
Deitei um limão correndo
à tua porta parou.
Quando um limão tem amores,
que fará quem o deitou ?
Alecrim à borda d'água
de longe faz aparência;
muitos amores se perdem
pela pouca inteligência.
Oh meu cravo almirante,
onde é que perdeste o cheiro ?
Perdi-o na tua cama
na renda do travesseiro.
Corações que estão unidos
não temem a dura sorte;
suceda o que suceder
são fiéis até à morte.
Se pensas que por ti morro
enganas teu coração.
Olha que nunca gostei
da fruta que cai no chão.
Caneiro do rio d'Ave
deixa-me ver os peixinhos.
Quem namora às escondidas
dá abraços e beijinhos.
uma silva pequenina.
Não há coisa que mais prenda
que os olhos duma menina.
E encontrando o total do poema deparei-me com pequenos tesouros nacionais que já ninguém conhece:
CHULA DA MAIA
Eu hei-de te amar, amar,
hei-de te querer, querer.
Hei-de te tirar de casa
sem teu pai nem mãe saber.
Silva verde não me prendas,
olha que me não seguras;
olha que tenho quebrado
outras algemas mais duras.
Uma silva me prendeu,
uma silva pequenina.
Não há coisa que mais prenda
que os olhos duma menina.
A silva que me prendeu
arrebentou no valado;
nunca a silva me prendeu
com tão forte cadeado.
Há silvas que dão amoras,
há outras que não as dão;
há amores que são firmes,
há outros o não são.
Silva verde picosinha
ao arcipreste se enleia;
meu amor se me prenderes,
deixa-me larga a cadeia.
Cheguei à borda do rio,
silva verde é meu encosto.
Que importa que o mundo fale
se o meu amor é do meu gosto ?
Salsa verde combatida
ao pé do manjericão;
bem podemos ser amantes,
mas sempre dizer que não.
A salsa do meu quintal
arrebenta pelo pé
assim arrebenta a boca
a quem diz o que não é.
Entre pedras e pedrinhas
nascem raminhos de salsa;
pega-te à feia que é firme
deixa a bonita que é falsa.
A salsa que está no rio
de verde se está revendo;
eu como firme te adoro,
tu falsa me estás vendendo.
Debaixo da oliveira,
menina, é que é o amar;
tem a folha miudinha,
não entra lá o luar.
Se a oliveira falasse
ela diria o que viu:
debaixo da sua sombra,
dois amantes encobriu.
Daquela janela alta
me atiraram um limão.
A casca me deu no peito,
o sumo no coração.
Deitei um limão correndo
à tua porta parou.
Quando um limão tem amores,
que fará quem o deitou ?
Alecrim à borda d'água
de longe faz aparência;
muitos amores se perdem
pela pouca inteligência.
Oh meu cravo almirante,
onde é que perdeste o cheiro ?
Perdi-o na tua cama
na renda do travesseiro.
Corações que estão unidos
não temem a dura sorte;
suceda o que suceder
são fiéis até à morte.
Se pensas que por ti morro
enganas teu coração.
Olha que nunca gostei
da fruta que cai no chão.
Caneiro do rio d'Ave
deixa-me ver os peixinhos.
Quem namora às escondidas
dá abraços e beijinhos.
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
Perda
Perco o interesse em fazer o que quer que seja pois não sei o que dar ao mundo. Mas o mundo não importa, ele continua sem nós. É uma ilusão apenas por que não conseguimos continuar sem nós mesmos.. mas nada me convence sem ser o sono e a cama, ando a preferir uma existência automatizada que vai contra os meus princípios. Por que quero contar histórias que não existem nem me surgem na mente. Absorvo como uma esponja o mundo dos outros, por que o meu não parece suficiente. Peço desculpa, baixinho, àqueles de quem gosto, pois não merecem aturar-me em tal tormento, que parece ter tão fácil fim mas perpétua numa insistência dolorosa.
Não quero jantar de novo. Faço mal ao corpo mas só quero dormir, com esperança que o sol me dê vontade de prosseguir o que necessito de apontar.
O que estou a fazer?
O que quero?
Apaguei essas perguntas e não mais encontro resposta em nada, a inspiração vaiu-se de tantas pancadas que lhe deram e agora não sei o que é meu e o que não é, o que sou nem o que deixo de ser.
Idealizo mas a arte não se faz pensando.
O problema não é o mundo, sou eu que não sei o que sou. E a dúvida que é o meu maior defeito.
Não quero jantar de novo. Faço mal ao corpo mas só quero dormir, com esperança que o sol me dê vontade de prosseguir o que necessito de apontar.
O que estou a fazer?
O que quero?
Apaguei essas perguntas e não mais encontro resposta em nada, a inspiração vaiu-se de tantas pancadas que lhe deram e agora não sei o que é meu e o que não é, o que sou nem o que deixo de ser.
Idealizo mas a arte não se faz pensando.
O problema não é o mundo, sou eu que não sei o que sou. E a dúvida que é o meu maior defeito.
I've always had this sensations that objects can protect me.
Strong objects will reflect a strong will, they will protect me from how weak i feel, how weak i see my reflection in te mirror.
I used to have loads of collars and wrist bands, because my neck and my wrists are sensitives. If I keep things of the people i love nearby i won't let myself get hurt. If i cover my wrists I don't think I have to hurt myself to feel, because the good feelings I was left with are already there.
But I've grown to be independent. Friendships come and go and you don't really realize how close and how distant you are from someone. High school friendships are way too intense, and when they're over they hurt just as much to break.
But since I was left with no colars and no wristbands I've put that hope of protection onto myself, I only use what I atribute to me. I'm responsible for my own sake.
And when I have weak days I might stay 12 hours in bed, have a whole day and do nothing at all.
I stare at other people drawings and hope I was drawing but I can't bring myself to move..
So i put on my combat boots, because that way I feel more fierse, and I put it down on paper, hoping this feeling will go away.
Strong objects will reflect a strong will, they will protect me from how weak i feel, how weak i see my reflection in te mirror.
I used to have loads of collars and wrist bands, because my neck and my wrists are sensitives. If I keep things of the people i love nearby i won't let myself get hurt. If i cover my wrists I don't think I have to hurt myself to feel, because the good feelings I was left with are already there.
But I've grown to be independent. Friendships come and go and you don't really realize how close and how distant you are from someone. High school friendships are way too intense, and when they're over they hurt just as much to break.
But since I was left with no colars and no wristbands I've put that hope of protection onto myself, I only use what I atribute to me. I'm responsible for my own sake.
And when I have weak days I might stay 12 hours in bed, have a whole day and do nothing at all.
I stare at other people drawings and hope I was drawing but I can't bring myself to move..
So i put on my combat boots, because that way I feel more fierse, and I put it down on paper, hoping this feeling will go away.
quarta-feira, 25 de junho de 2014
Early Letter
Would you ever come near, as I retire myself in fear? Allow another word to exist upon us when a silent breath is all I have. Though I secretely admire your world and wish such calmness for mine. Is it so what you desire? Or do you not recognize the veil of pleasing sensations within your realm? We may share more than a smile, a sight.. or thoughts that words can't describe. Even so, is that why I leave my window open at night?
30/01/2014
30/01/2014
sábado, 17 de maio de 2014
Melgas no Miradoro de Santa Luzia
Uma vaga sensação de cabeça à roda,
Com um toque da pele, um chamamento.
É a noite, a lua e o refresco da existência,
Num lusco-fusco de envolvimento terreno e livre,
Onde o ser apenas é.
Um respirar além da primária sensação de bem estar.
São conversas profundas no bairrio lisboeta,
Luas amarelas sobre o Tejo, tão distante...
Tenta mais um pouco, vive algo mais
E aprecia o céu estrelado que se presenteia defronte de ti.
Porquê a ambição de outro estar?
A apreciação notável é a presente vida do ego com o universo.
Com um toque da pele, um chamamento.
É a noite, a lua e o refresco da existência,
Num lusco-fusco de envolvimento terreno e livre,
Onde o ser apenas é.
Um respirar além da primária sensação de bem estar.
São conversas profundas no bairrio lisboeta,
Luas amarelas sobre o Tejo, tão distante...
Tenta mais um pouco, vive algo mais
E aprecia o céu estrelado que se presenteia defronte de ti.
Porquê a ambição de outro estar?
A apreciação notável é a presente vida do ego com o universo.
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segunda-feira, 12 de maio de 2014
Um algo um pouco impossível de algo mais além parecendo miragem. Miragem inconcretizada agora ilusão? Ou será o apreciável do incerto o sentido da vida que constroi os momentos indecifrados do ser?
Algo faz crescer e algo faz querer mais sem saber querer. Um relaxamento alguém do possível humano, despir de ideias e do ego numa potência existêncial do eu com o tudo.
E será essa a ilusão da existência? Ou a certeza do acto egoísta de viver? Em que construímos pelo único propósito de nos dar uma prenda que altera o mundo como ele poderia ser. Ele já não é d'ele. É a nossa expressão no seu ponto máximo, um contínuo de esforços para que apenas seja possível.
Algo faz crescer e algo faz querer mais sem saber querer. Um relaxamento alguém do possível humano, despir de ideias e do ego numa potência existêncial do eu com o tudo.
E será essa a ilusão da existência? Ou a certeza do acto egoísta de viver? Em que construímos pelo único propósito de nos dar uma prenda que altera o mundo como ele poderia ser. Ele já não é d'ele. É a nossa expressão no seu ponto máximo, um contínuo de esforços para que apenas seja possível.
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