sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Perda

Perco o interesse em fazer o que quer que seja pois não sei o que dar ao mundo. Mas o mundo não importa, ele continua sem nós. É uma ilusão apenas por que não conseguimos continuar sem nós mesmos.. mas nada me convence sem ser o sono e a cama, ando a preferir uma existência automatizada que vai contra os meus princípios. Por que quero contar histórias que não existem nem me surgem na mente. Absorvo como uma esponja o mundo dos outros, por que o meu não parece suficiente. Peço desculpa, baixinho, àqueles de quem gosto, pois não merecem aturar-me em tal tormento, que parece ter tão fácil fim mas perpétua numa insistência dolorosa.
Não quero jantar de novo. Faço mal ao corpo mas só quero dormir, com esperança que o sol me dê vontade de prosseguir o que necessito de apontar.
O que estou a fazer?
O que quero?
Apaguei essas perguntas e não mais encontro resposta em nada, a inspiração vaiu-se de tantas pancadas que lhe deram e agora não sei o que é meu e o que não é, o que sou nem o que deixo de ser.
Idealizo mas a arte não se faz pensando.
O problema não é o mundo, sou eu que não sei o que sou. E a dúvida que é o meu maior defeito.
I've always had this sensations that objects can protect me.
Strong objects will reflect a strong will, they will protect me from how weak i feel, how weak i see my reflection in te mirror.
I used to have loads of collars and wrist bands, because my neck and my wrists are sensitives. If I keep things of the people i love nearby i won't let myself get hurt. If i cover my wrists I don't think I have to hurt myself to feel, because the good feelings I was left with are already there.
But I've grown to be independent. Friendships come and go and you don't really realize how close and how distant you are from someone. High school friendships are way too intense, and when they're over they hurt just as much to break.
But since I was left with no colars and no wristbands I've put that hope of protection onto myself, I only use what I atribute to me. I'm responsible for my own sake.
And when I have weak days I might stay 12 hours in bed, have a whole day and do nothing at all.
I stare at other people drawings and hope I was drawing but I can't bring myself to move..
So i put on my combat boots, because that way I feel more fierse, and I put it down on paper, hoping this feeling will go away.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Early Letter

Would you ever come near, as I retire myself in fear? Allow another word to exist upon us when a silent breath is all I have. Though I secretely admire your world and wish such calmness for mine. Is it so what you desire? Or do you not recognize the veil of pleasing sensations within your realm? We may share more than a smile, a sight.. or thoughts that words can't describe. Even so, is that why I leave my window open at night?

30/01/2014




sábado, 17 de maio de 2014

Melgas no Miradoro de Santa Luzia

Uma vaga sensação de cabeça à roda,
Com um toque da pele, um chamamento.
É a noite, a lua e o refresco da existência,
Num lusco-fusco de envolvimento terreno e livre,
Onde o ser apenas é.
Um respirar além da primária sensação de bem estar.
São conversas profundas no bairrio lisboeta,
Luas amarelas sobre o Tejo, tão distante...
Tenta mais um pouco, vive algo mais
E aprecia o céu estrelado que se presenteia defronte de ti.
Porquê a ambição de outro estar?
A apreciação notável é a presente vida do ego com o universo.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Um algo um pouco impossível de algo mais além parecendo miragem. Miragem inconcretizada agora ilusão? Ou será o apreciável do incerto o sentido da vida que constroi os momentos indecifrados do ser?
Algo faz crescer e algo faz querer mais sem saber querer. Um relaxamento alguém do possível humano, despir de ideias e do ego numa potência existêncial do eu com o tudo.
E será essa a ilusão da existência? Ou a certeza do acto egoísta de viver? Em que construímos pelo único propósito de nos dar uma prenda que altera o mundo como ele poderia ser. Ele já não é d'ele. É a nossa expressão no seu ponto máximo, um contínuo de esforços para que apenas seja possível.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Rebrotar

Sensações crepúsculares que nos encaminham etéreamente a um destino ainda não cruzado.
A uma potencialidade do ser e não ser, uma dúvida singela que se quer e se sente, mas não se tem. Será por esse questionamento do eu que algo tão desconfortável à matéria em estado neutro se torna um conforto incessante dum desconforto permanente? Onde tudo é o que era mas é mais ainda, o que se vê, vê-se um pouco além ou deixa de se ver, e os olhos são cegos ao que não querem.
E ter a noção dessa realidade sem a querer negar, um sofrego pelo afogamento claro em desejo e subtileza. Um suspiro sem ar mas que provoca um alívio desconcertante no plexo e na razão.
Será uma dúvida ou uma certeza? Ou algo deambulante por entre rios desconhecidos e selvagens onde só anda quem se deixa sentir ou a quem não se o permite.
Tudo é um tom óbvio e tosco mas deixa de o ser por que não se quer. E é a modéstia do olhar e a facilidade entre as palavras os elementos conspurcados por um algo mais, que não quer deixar de ver.
Uma esperança algo rasgada que mantém a sua existência no limiar dos sentidos, que prefere permanecer e não cair, mas não descer com receio de sumir.
E depois?

quinta-feira, 3 de abril de 2014

A vague memory from an unpleasant dream,

I woke up trembling with fears that should not be my own. Not a sparkle, not a hope but an irrational fear that such thoughts may cross your mind and such bloodshed may cross my soul.
For I no longer wish for what I had, and never lost. I went out a winner. But the doubt of dishonesty still haunts me at night. When I see no words being crossed for reasons unknown to me. Why do I still ponder on this?
It's like reviving the most dreadful memories all coming back. But I'm not afraid to loose you anymore, I'm not afraid of speaking for my own word. And so another horror proceeds, whereas I am no longer me.
I lost my consciousness to anger, to angst. I lost it all and I lost myself.
But I am pleased. There's a effect where madness is incredibly smoothing, where I am no longer responsible because you pushed it too far, where I can finally express all the frustration, all the dread. And I am nothing but a violent engine with passion for power.
I threaten every life within my range. And so I am born a threat to mankind, a dominant brute with nothing to loose. And I am pleased.
I make my leave knowing that no one will cross my path, that nothing withstands between me and the world, because I just proved, not to you, to myself, that I'm not afraid to die, or to kill. And you all would fear me.
Respect from fear is an astonishingly seductive thing. It's hard to resist such temptation, I won't back up. That is existing.

And so I wake up. A vague memory from an unpleasant dream. Trembling with fears that should not be my own. But that are me.
And what scares me the most... is that:  I still feel the satisfaction for such ruthless acts.

Is this just an excuse for bloodlust?
 
who am I at all...

sábado, 25 de janeiro de 2014

Dourado


Ar irrespirável que nos rodeia incessantemente.
O que é esta nostalgia, de uma outrora melancolia, menos delgada à superfície?
Querer luz é não mais viver, pois a luz está em nós.
Cesa qualquer procura, e qualquer outra é em vão.
Apenas o estigma interior de um rito pessoal nos ditará o que é. Mas tu és por não ser, e quando não és, és tudo.
Um microcosmos incompreendido em pequenos gestos não notados. E é por esses obstáculos, colocados assim defronte de nós, que vivemos com mais sabor.
Nunca justo ou imparcial, mas apenas existente.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Gentle Torment

Would you have to twist a broken heart
Which had no repair in sight?
For thousands of eyes I've looked upon why would a gaze affect me so,
When there's nothing I hoped for.
Would you have to twist the gentle sight
Of a mind already broken by another knight.
Why would you torment a peace already steadied,
A state of mind now again disturbed,
Just to rip off undesired hopes of a dwelling bird who could no longer fly.
For the wings have been broken,
And the songs no longer spoken again crave for a name never to be told.
For these vague hopes are nothing but impossible,
Why would you torment such a soul?


sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Rants of a Graphic Diary (2013)

the following words come from some of the things I write down in the middle of a street or in the next corridor on college. Between lyrics and definition. They're not good or bad, not meant to be depressive nor hopefull. They're just some of  my thoughts, read them as you will.



Criaturas impróprias que nadam no seio desta terra. Rasgam e largam condimentos de terror, fazem chover palavras de horror. E tudo isto para apenas uma mais pitada de sal inconsistente. Oh e que felicidade vem nesses sal! Rejuvenescentes rejubilam-se perante um deus morto e mal relembrado que não é o deles. O sacro da nossa mãe completamente rispado de sentimentos ou louvores, para apenas pedaços da vermelha carne o desampararem ainda mais. 
Não me olhes assim, triste criatura; que a tua frondosa fronha faz levedura a bens maiores. Mas enquanto olhares ao teu próprio núcleo egocêntrico de nascimento, nunca verás o poder das coisas, na génisis do Universo.


Aren't you afraid of finding what you're looking for?


Lágrimas esgotam-me os olhos nefastos, que fartos e tintos estão de ver. Cheios de cor e forma e cansaço pedindo cegueira como a sede pede a água.
Sono, tanto sono. Fartura de inutilidades.


If I was in a masquerade ball, 
Would you speak to me?
Would you be a dream by my eyes, 

Which you never noticed before?
And when I dissapeared, 
Would this rare encounter bother your mind?